31 de ago. de 2011

G i r o s



Das mãos agora vazias
desliza o pião
que no início cambaleia,
quase cai, faz desenhos
desconexos
que permanecem só na memória,
então reencontra o equilíbrio,
gira no eixo,
tão imperceptível
que não há movimento.
E dos riscos coloridos
o que restou foi o cinza,
para confirmar a perfeição...
na conotação dos objetos
desenho momentos da vida,
as palavras simples,
espelho do que sou...
No egoísmo primitivo
de ser eu a viver
armo escudos,
amanhã não pode esperar
permaneço além de mim,
sozinha....
A viagem não é a mesma
sem segurar tua mão.

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