23 de jul. de 2011

Chamado



Desde muito cedo
em outro mundo habito,
Ouço a voz, ignoro.
E, entre o afago das palavras,
escondo-me...
Fecho a porta, renego.
E ainda assim, ela invade...
Grita, exige
força indelével,
Presente em sussurros, brilhos,
luzes e cores...
Ela, imperiosa chama,
rendo-me ao seu mensageiro,
aquele que do outro lado do meu mundo, encontrei...
Dancemos a valsa
que em seus passos suaves, gira
e me leva...
Fecho os olhos.
Fui viver.
Não volto!
[Simoni Lima]

Um comentário:

  1. Quisera perder a chave que me acorda todas as manhãs ao peso das pálpebras, e deixar na porta o recado: fui viver, não volto, rs.

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